Demium: Fundo espanhol de investimento aposta em startups portuguesas

Na foto: Monte Davis, CEO da Demium

12 Startups portuguesas pre-seed receberam em 2021 investimentos de 100 a 150 mil euros através do fundo de investimento parceiro Demium. Área da saúde domina o leque de startups investidas em Portugal, incluindo startups premiadas como a Actif age, Glooma e Clynx.

Portugal é o segundo país com maior investimento da incubadora e aceleradora Espanhola Demium, uma empresa que investe em talento. No ano passado a Demium investiu 1.350.000€ em startups portuguesas, fazendo de Lisboa o seu segundo maior hub, entre os 8 que mantém na Europa.

Actif age, MyCareForce, Ushowme, Sqill, Skillcore, Clynx, Glooma, Ibipbip, Bephex, Nøytrall, Intuitivo, TheStarter, formam o portfólio de startups Demium 2021, que conquistaram tickets de 100 mil euros e 150 mil euros do fundo gerido pela Demium. Além de todas estarem em fase pre-seed, são também empresas tecnológicas, que normalmente combinam modelos de negócio B2B e B2C, verificando-se que a área da saúde é um denominador comum à maioria das startups investidas.

“Estes projetos são muito diferentes dos normais SaaS ou Marketplaces; o time to market é muito maior e exigem conhecimentos muito especializados. Isto faz com que não existam muitos investidores pre-seed e seed a olhar para este espaço”, refere Diogo Patão, Diretor de Programas da Demium.

Mesmo numa fase muito inicial, o sucesso das startups investidas pela Demium refletiu-se também pelos prémios conquistados. A Actif Age ganhou o STEAM4Health, uma iniciativa da Bayer Portugal, pelo seu trabalho em prol da melhoria da qualidade de vida dos idosos, através de sessões e atividades adaptadas às necessidades de cada um; a Glooma trouxe para casa o ”forward” dos Portugal Digital Awards pelo seu dispositivo médico doméstico portátil que complementa a auto-apalpação da mama no domicílio, pretendendo atuar na área da prevenção do cancro da mama; e a Clynx o reconhecimento da José de Mello pelo uso de videojogos na recuperação de lesões musculoesqueléticas.

Também MyCareForce, UShowMe, Sqill e Networkme (que recebeu investimento Demium ainda em 2020) não passaram despercebidas, tendo sido protagonistas de várias notícias pela inovação na resposta à gestão de turnos para enfermeiro, na forma como artistas e público podem interagir remotamente num contexto de evento remoto, no scouting de jovens jogadores de futebol e na descoberta da vocação de jovens universitários e recrutamento dos mesmos, respetivamente.

“Fazer uma empresa crescer o suficiente para ser atrativa para investidores “seed” é muito difícil, e por isso quisemos dedicar uma equipa em exclusivo a esta fase. Queremos ajudar as nossas startups ao longo da sua vida, queremos continuar a investir nelas, e por isso o nosso fundo de investimento prevê follow-ons de até 500K€ por startup. Sabemos contudo que são necessários muitos recursos e ajuda para construir empresas realmente globais, pelo que incentivamos e apoiamos as startups a atrair outros Fundos de Venture Capital e Business Angels, para co-investir connosco”, comenta Diogo Patão, acrescentando ainda que “mesmo assim, nada disto será possível sem o empenho e trabalho árduo das próprias startups. Todos temos consciência do funil de sucesso; grande parte não será bem-sucedida, mas algumas startups vão conseguir avaliações acima de 100M€ e estatisticamente podemos ambicionar unicórnios”.

Para a Demium – com um investimento total de 7,2M€, em 68 startups, durante 2021 – Portugal apresenta-se como o segundo país com maior investimento entre os 5 países europeus onde está presente (apenas atrás de Espanha, onde estão 4 do total de 8 hubs Demium).

Desde que abriu em 2019, Lisboa tornou-se rapidamente num hub bem-sucedido, entrando num espaço que o ecossistema já estabelecido não estava a capitalizar. “A Demium veio construir equipas do zero, utilizando metodologias rigorosas e intensivas, permitindo que, entre 4 a 6 meses, as startups estejam prontas para se proporem ao primeiro investimento, com possibilidade de follow-on até 500K€. E isto é uma proposta de valor muito valiosa para o ecossistema empreendedor em Portugal”, justifica Diogo Patão.

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