Europa Ainda Longe dos Padrões de Excelência em Empreendedorismo e Inovação

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A Europe Startup Nations Alliance (ESNA) divulgou o Relatório Startup Nations Standard, referente a 2023. Este documento mapeia o progresso e o potencial do ecossistema de startups da Europa, lançando luz sobre o desempenho de oito Padrões conhecidos como Startup Nations Standard (SNS), em 21 países participantes. O relatório enfatiza a necessidade crítica de políticas adaptativas para fomentar a inovação e o empreendedorismo.

De acordo com o relatório a simplificação dos processos de criação rápida de startups registou avanços significativos na União Europeia. Uma empresa pode ser criada em um dia, em 33% dos países da UE pesquisados, e isso pode ser alcançado com menos de 100 euros em 57% deles.

A digitalização também assinala um avanço significativo, com os serviços digitais adaptados às empresas a representar uma tendência positiva. Já a inclusão social é identificada como o Padrão de menor desempenho, sendo que o relatório da ESNA aponta-a como uma lacuna crítica no ecossistema.

Alem disso, apenas metade dos países (52%) implementaram áreas de teste regulatório. Mecanismos regulatórios inovadores contribuem para melhorar a participação das startups e são cruciais para promover um ambiente verdadeiramente criativo.

Atrair e reter talentos é outro ponto que pode ser melhorado. O relatório pede um aumento nos investimentos em programas de Vistos e esquemas de opções de ações mais atrativos para angariar e reter o talento tecnológico essencial para o crescimento e a competitividade.

Outra recomendação relevante é a mudança de foco nas opções de financiamento indireto, para alavancar investimentos privados de forma mais eficaz. Segundo o relatório, apenas 33% dos países atualmente promovem capital diversificado para co-investimento em startups.

Em resumo, a digitalização surge como um ponto forte para a atuação das startups europeias, com muitos países a oferecer serviços digitais sob medida para empresas e destacando a contínua transformação digital. Por outro lado o relatório revela insights críticos, especialmente a necessidade de melhorar a inclusão social dentro do ecossistema de startups. Com apenas 25% dos países tendo incentivos específicos para startups que empregam uma força de trabalho diversificada, o relatório sublinha a urgência de esforços significativos para elevar este padrão.

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Os Padrões de Excelência

O Relatório de Startup Nations Standard de 2023 examina iniciativas e desafios dentro do ecossistema de startups da Europa. O documento mapeia o progresso em direção a um ambiente inovador e de apoio às startups, analisando oito padrões SNS nos estados membros e avaliando seus esforços na implementação desses padrões.

Os oito padrões de excelência são: 1) Criação rápida de startups e soft landing no mercado; 2) Atrair e reter talentos; 3) Opções de ações; 4) Inovação na Regulamentação; 5) Inovação em compras públicas; 6) Inclusão social; 7) Acesso a Finanças; 8) Digital em primeiro lugar.

O estudo analisou 21 países: Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Chipre, República Checa, Dinamarca, Estónia, França, Grécia, Irlanda, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Polónia, Portugal, Roménia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha e Suécia.

Com este relatório a ESNA visa informar os formuladores de políticas sobre os esforços necessários para manter a vantagem competitiva da Europa em inovação e empreendedorismo. O documento avalia a situação atual e delineia o caminho a seguir, enfatizando a necessidade de políticas adaptativas e melhores práticas partilhadas.

A Europe Startup Nations Alliance (ESNA) é uma entidade pública, criada pelo governo português com o apoio da Comissão Europeia que reúne representantes dos 27 Estados da UE. A aliança visa apoiar os governos nacionais na melhoria das condições estruturais das startups nos seus países e garantir que estas possam crescer em qualquer fase do seu ciclo de vida.

Com sede em Lisboa, a ESNA funciona com um orçamento de 1,5 milhões de euros por ano fornecido pelo plano português de recuperação e resiliência e mais 500 mil euros do programa europeu Horizon.

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