Internacionalização do seu negócio

Um dos desafios mais fundamentais que se coloca cada vez mais aos atuais empreendedores é o da internacionalização do seu negócio. A verdade é que num mercado cada vez mais veloz e global, no momento em que um empreendedor se vai tornar empresário e neste sentido constituir empresa, é cada vez mais importante este ponderar o país onde deve incorporar a sua empresa. Se por um lado, por exemplo, em Portugal um jovem empreendedor tem acesso a uma série de incentivos protocolados com o Estado para alavancar o seu projeto, o acesso ao financiamento e ao investimento pode ser ainda um caminho tortuoso e na grande maioria dos casos, de difícil acesso.

Uma empresa constituída em Portugal, com um pequeno escritório virtual numa qualquer incubadora de empresas no centro da cidade pode trazer sem dúvida algum brand awareness que se pode traduzir num melhor visibilidade, e portanto, em maior taxa de sucesso na conversão de negócio. Não existam dúvidas: se num projeto o produto ou o serviço que se vai vender importa e muito, se num projeto o poder comercial da equipa que promove o projeto é sem dúvida talvez o pivô de alavancamento mais importante da empresa, a sede social onde a empresa está sediada pode ser também mais um fator determinante para o sucesso da empresa.

Quando um empreendedor está prestes a criar a sua empresa há que ter em conta vários fatores. Vejamos por exemplo, no caso de um projeto web based: no caso de se decidir avançar para a constituição de uma empresa em Portugal, não há dúvidas que este tem acesso a alguns incentivos que eventualmente podem servir de instrumentos de capitalização de empresa. Por outro lado, a constituição da empresa em Portugal, como é bem sabido, acarreta responsabilidades que muitas vezes constrangem o arranque de qualquer empresa – impostos altíssimos, necessidade de contabilidade organizada e reconciliação bancária, podem vir a ser entraves ao florescer da startup.

Importa agora desmistificar: qualquer pessoa em Portugal pode ser shareholder, ou CEO de uma empresa sediada, por exemplo, nos EUA. De vários pontos de vista, uma empresa sediada e conta bancária em alguns Estados dos EUA, pode trazer algumas vantagens para um projecto web based:

  • Isenção de IRC; n
  • Isenção total do IVA (VAT);n
  • Permite repatriação total das receitas;n
  • Custos de manutenção reduzidos;n
  • Elevada segurança e modernidade da Banca;n
  • Elevada proteção jurídica;

    No mercado do investimento uma empresa sediada nos EUA pode também mostrar ser uma vantagem no acesso a capitais de risco, ao crowdfunding (com equity-crowdfunding, ou lending-crowdfunding) e no limite na abertura do capital da empresa.

    Em resumo: quando um empreendedor dá o passo seguinte, é cada vez mais importante que tenha consciência de que está cada vez mais inserido num mercado global. Se por exemplo estiver para lançar um negócio na internet faz sentido que o faça no maior cluster de empresas de TI do mundo – Delaware; se estiver a pensar lançar um negócio que passe pelo trading, com operações em Angola, faz muito sentido, pensar por exemplo, em incorporar a empresa nos Emirados Árabes Unidos.

    Num mundo cada vez mais livre, cabe ao empreendedor analisar e aconselhar-se junto de especialistas sobre o melhor destino para alavancar o seu projeto. O acesso a um mercado global promove a competição entre as nações para o investimento estrangeiro. E é muitas vezes no arranque de uma startup, e na racionalidade com que se avança para a constituição da empresa que se vão evitar problemas e constrangimentos futuros.

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