Investimento imobiliário cresce pelo terceiro ano consecutivo

investimento imobiliário cresce em Portugal
Foto de WireStock no Freepik

A Worx Real Estate Consultants acaba de apresentar o estudo WMarket Year-end 2022-2023, uma publicação bianual que analisa os diversos setores do investimento imobiliário comercial em Portugal e apresenta tendências e previsões para os próximos meses.

O estudo procede a uma análise às mais relevantes áreas que contribuem para o dinamismo e crescimento da economia, com destaque para o mercado residencial, turístico, logístico, de retalho e escritórios, tendo sempre as boas práticas ao nível de sustentabilidade como pano de fundo, com especial penetração no mercado de escritórios este ano.

A pesquisa revela que a sustentabilidade faz já parte do plano de ação das empresas, seja qual for o seu core business e haverá mesmo uma tendência de aumento dos fluxos de capital em ativos e fundos sustentáveis para os próximos tempos, que irá perdurar.

Entre os principais indicadores analisados no WMarket Review Year-end 2022-2023 destaque para a posição de Portugal que registou o terceiro melhor ano de sempre e foi também o 3º mercado europeu que mais cresceu em volume, contando com €3.000 milhões investidos em 2022. Face ao mercado europeu, não só registou uma tendência inversa de crescimento (PT +45%, EU -14%) como de alocação de capital por setores (PT Hotelaria 31%, EU Escritórios 36%).

Este é um sinal de que o aumento substancial no custo de financiamento foi sentido antecipadamente nas restantes geografias dada a maior liquidez desses mercados. Já para 2023, o Departamento de Research da Worx Real Estate Consultants estima que o volume de investimento imobiliário deverá registar um abrandamento, esperado especialmente no primeiro semestre do ano, face ao atual contexto macroeconómico.

A resiliência do mercado ocupacional permanece robusta em todos os setores do imobiliário. Em 2022, os escritórios registam um valor histórico de absorção de 272 mil m2, o retalho obteve um aumento no volume de vendas de 6%, para a logística foi o segundo melhor ano com 605 mil m2 absorvidos, e o turismo registou uma recuperação para 69,5 milhões de dormidas.

Também o elevado nível de procura tem permitido manter os indicadores de operação e até, em muitos casos, aumentar os valores de renda para novos patamares. De destacar os escritórios que atingiram uma renda prime de €26/m2/mês, enquanto a logística tradicional atingiu os €4,35/m2/mês no eixo prime.

Já no setor residencial, a procura manteve-se elevada numa altura em que a oferta reduziu fortemente, o que manteve a pressão sobre os preços de venda. Os valores aumentaram 1% em Lisboa e 9% no Porto em 2022, encontram-se em €4.220/m2 e €3.120/m2, respetivamente.

De destacar o crescimento dos nómadas digitais que, incentivados pelos benefícios fiscais para residentes não habituais, alimentam a procura de origem estrangeira por casas. Desde a alteração à Lei dos Estrangeiros em novembro de 2022, foram atribuídos mais de 200 vistos para trabalhadores remotos.

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