Mercado Imobiliário resiste à crise apesar de quebra ligeira nos preços

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Os preços de apartamentos para venda tiveram uma ligeira quebra no terceiro trimestre de 2020. Essa descida foi mais acentuada em Lisboa, Porto e Faro com quebras entre os 8,4% e os 0,8% face aos preços médios de venda de apartamentos no segundo trimestre. Já no mercado de arrendamento, os preços médios voltaram a subir, com a oferta disponível a aumentar.

O ‘Market Report’, um estudo elaborado pela CASAFARI, proptech portuguesa que gere uma base de dados do mercado imobiliário em Portugal, divulgou os dados relativos ao terceiro trimestre de 2020. Com foco em Lisboa, Porto e Faro, e outras grandes cidades portuguesas, o ‘Market Report’ é uma das mais importantes análises do mercado imobiliário em Portugal, baseada na ferramenta analítica da CASAFARI que analisa milhares de fontes de informação com propriedades disponíveis à venda na Internet.

De acordo com este relatório, o terceiro trimestre de 2020 revela uma ligeira quebra de 0,51% no preço de venda de apartamentos no terceiro trimestre, ainda sob o efeito da pandemia. A queda foi mais acentuada em Lisboa, onde o preço médio de venda de apartamentos recuou 8,38%, atingindo os €3,320/m2. Em Faro a descida foi de 4,13% e no Porto caiu 0,82% (€2,128/m2). Em contrapartida Leiria e Aveiro registaram aumentos acentuados, de 6,63% e 6,45%, respetivamente.

Os concelhos de Lisboa, Cascais e Oeiras surgem como os concelhos mais caros da Grande Lisboa, com os preços médios de venda mais elevados, €275,162, €271,177 e €169,722, respetivamente, enquanto os concelhos de Sobral de Monte Agraço, Arruda dos Vinhos e Cadaval surgem como os mais acessíveis.

O concelho do Porto (€278,657), Matosinhos (€235,895) e Póvoa de Varzim (€198,834) destacam-se por serem os concelhos com o preço médio de venda mais caro. Já os concelhos de Amarante, Lousada e de Marco de Canaveses apresentam os preços médios mais baixos.

O concelho de Loulé, Vila do Bispo e Lagos permanecem os concelhos com o preço médio de venda superior, enquanto Silves, Vila Real de Santo António e Alcoutim surgem como os preços médios mais acessíveis.

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Em Lisboa, registou-se um aumento dos preços médios nas três tipologias (T1, T2 e T3), entre os 0,8% e os 3,6%, enquanto no Porto a tipologia T3 foi a única a verificar uma diminuição dos preços médios de venda, de 0,2%, tal como em Faro a tipologia T3 foi a única que recuou de preços, de 0,5%.

O distrito com o preço de venda mais elevado continua a ser liderado por Lisboa (€336,311), seguido por Faro (€227,101) e Porto (€204,960). Já Guarda (€79,487), Portalegre (€82,130) e Santarém (€88,006) mantêm-se como as zonas com valores mais acessíveis.

No mercado de arrendamento, Lisboa continua a ser o distrito com a renda média mais elevada do país, de €13,9/m2, enquanto o valor médio das rendas no Porto ascende a €10/m2 e em Faro a rondarem os €8,5/m2.

Em Lisboa, os preços médios das rendas aumentaram, nas três tipologias (T1, T2 e T3), entre os 0,8% e os 1,6%, acontecendo o mesmo no Porto, com variações entre os 1,1% e os 10%, enquanto em Faro a tipologia T1 foi a única que verificou uma diminuição de preços (-3,5%).

De acordo com Nils Henning, fundador da Casafari, “os dados atuais já indicam alguns sinais de retoma, sobretudo no mercado de arrendamento em que tanto os preços médios como a oferta demonstram uma recuperação. O mercado imobiliário português sentiu e, de alguma forma, continua a sentir o impacto provocado pelo Covid-19, mas deverá continuar a recuperar gradualmente até ao final deste ano”.

“os dados atuais já indicam alguns sinais de retoma, sobretudo no mercado de arrendamento”

Oferta imobiliária cresce

Relativamente à oferta, o número de casas para venda em Faro aumentou consideravelmente, em 12,6%, no terceiro trimestre, seguido por Lisboa e Porto com subidas de 10,5% e de 9,6%, respetivamente. No entanto, Vila Real apresenta a maior valorização do stock disponível: 61,3%.

Em Lisboa, o stock disponível de apartamentos para venda aumentou nas três tipologias analisadas, com subidas entre 4,2% e os 9%, enquanto no stock para arrendamento verificou-se uma diminuição nas tipologias T1 e T3.

No Porto, o número de apartamentos para venda aumentou nas tipologias T1 e T3, enquanto que no stock de apartamentos para arrendamento registou-se quebras entre os 3,9% e os 6,3% nas três tipologias.

No distrito de Faro verificou-se um aumento da oferta de apartamentos para venda nas três tipologias analisadas, entre os 3,9% e os 5,1%, acontecendo o mesmo no stock de apartamentos para arrendamento, com subidas entre os 14% e os 21%.

O Market Analytics é uma ferramenta que permite desenvolver pesquisas aprofundadas, incluindo análises descritivas de uma propriedade, nova ou usada, para venda ou arrendamento, dados da evolução de preços e mudanças da oferta em diferentes tipos de propriedades e locais, podendo compará-la com outras propriedades na mesma localidade, e produzir relatórios gráficos detalhados com toda a informação relevante de uma propriedade, uma rua, uma freguesia, concelho ou uma visão global do país inteiro.

Esta análise é efetuada de forma gráfica e interativa, sendo possível gerar relatórios de mercado e relatórios de avaliação com comparáveis e com toda a informação pesquisada, bem como fazer avaliações reais e fidedignas.

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