Taxa de Desemprego Sobe para 6.7% em Outubro

Foto de Drazen Zigic no Freepik

A análise mensal da Randstad sobre os dados estatísticos do Instituto Nacional de Estatística (INE), do Serviço Público do Emprego Nacional (IEFP) e da segurança social, referentes ao mês de outubro, revela um aumento na taxa de desemprego para 6,7%, o valor mais alto desde março de 2023. Os números destacam uma diminuição no número de empregados, uma queda na população ativa e um aumento na população desempregada, especialmente entre mulheres e na faixa etária dos 25 aos 74 anos.

Segundo os dados do INE, outubro testemunhou uma diminuição de 9.100 empregados (-0,2%) e uma redução na população ativa de 4.500 pessoas (-0,1%). A taxa de desemprego atingiu 6,7%, marcando o valor mais elevado desde março de 2023. O aumento da população desempregada, em termos absolutos, contribuiu para este cenário.

A análise por género revela um aumento no desemprego de mulheres (+2,8%), enquanto 300 homens deixaram de estar desempregados. Por faixa etária, observa-se um aumento no desemprego entre os 25 e os 74 anos, com um acréscimo de 6.600 pessoas. No entanto, há uma diminuição no grupo dos jovens, dos 16 aos 24 anos.

Comparando com o ano anterior, o número de empregados aumentou em 51.700 profissionais (+1,1%), e a população ativa cresceu em 86.800 pessoas, atingindo 5.283.300 ativos. Contudo, o desemprego aumentou em todos os grupos populacionais.

Os dados do IEFP mostram um aumento nos pedidos de emprego (0,8%) e nos desempregados registados (+1,1%). Os homens foram mais afetados (+2,5%) em comparação com as mulheres (+0,4%). Analisando por regiões, destacam-se aumentos expressivos no Algarve (+23,1%), no Alentejo (+7,4%) e na Região Metropolitana de Lisboa (+0,5%).

Para Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad Portugal, a análise sugere a existência de padrões sazonais. “Esta análise destaca os valores do desemprego, que percebemos que registou um aumento em todos os grandes setores. Porém, na educação e na saúde registaram-se quedas no desemprego registado. Estas atividades registaram um decréscimo mensal de 10,2%. A explicação para este comportamento poderá residir na sazonalidade, com grandes perdas de emprego entre junho e agosto e recuperações muito significativas nos três meses seguintes.”

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