The Earthshot Prize escolheu os cinco vencedores

Representantes das equipas vencedoras (Índia, Austrália, Omã, Quénia e dois britânicos). Foto de The Earthshot Prize

O The Earthshot Prize escolheu os cinco vencedores da edição de 2022 e abriu candidaturas para 2023. O maior prémio do mundo para projetos com soluções para problemas ambientais, atribuiu um milhão de libras a cada um dos cinco selecionados.

Lançado em 2020, pelo Príncipe William e pela The Royal Foundation, o The Earthshot Prize é o prémio ambiental a nível global mais prestigiado de sempre, que tem como objetivo encontrar novas soluções para os maiores problemas ambientais do mundo. The Earthshot Prize tem 5 milhões de libras para apoiar projetos ambientais e as candidaturas são apresentadas por “Official Nominators”, parceiros da organização.

Este ano as escolhas foram para uma solução de apoio à agricultora na Índia; um fogão simples para melhorar a qualidade de vida de mulheres africanas; um programa de treino para guardas florestais na comunidade indígenas australiana; uma embalagem feita de algas para alimentos, no Reino Unido e uma tecnologia desenvolvida por uma startup de Omã para depositar CO2 nas rochas.

A cerimónia de entrega dos prémios decorreu na noite de sexta-feira, 2 de dezembro, em Boston, em parceria com a John F. Kennedy Foundation nos EUA e a iniciativa conta com o apoio da Casa do Impacto, que é uma das entidades oficiais que contribuem com nomeações de candidatos ao prémio.

Para esta edição a Casa do Impacto nomeou o projeto SEAFORESTER, uma startup que desenvolveu uma forma de replantar o oceano e restaurar os ecossistemas de algas marinhas usando técnicas inovadoras de florestação marinha e que foi uma das 15 finalistas do concurso.

Foto de The Earthshot Prize

Os vencedores de 2022

O The Earthshot Prize é composto por cinco prémios de igual valor, atribuídos à melhor solução apresentada em cada uma das seguintes categorias:

A Kheyti, uma startup indiana que desenvolveu uma solução simples com um impacto considerável para os pequenos agricultores. Trata-se de uma tenda que oferece abrigo contra elementos imprevisíveis e pragas destrutivas de pequenas plantações agrícolas.

Mukuru Clean Stoves, é uma startup fundada por mulheres que criou um fogão que queima etanol para ser utilizado em áreas rurais, onde as meninas e mulheres costumam passar três horas por dia recolhendo lenha.

A Rede de Guarda-parques Indígenas de Queensland é um programa que, nos últimos quatro anos, já treinou mais de 60 mulheres a encontrar trabalho como guardas florestais. A rede ajudou a construir a próxima geração de guardas-parques, incentivando novas abordagens de conservação, compartilhando conhecimento e contando histórias.

A Notpla criou uma caixa para alimentos feita a partir de algas. A empresa já fez mais de 1 milhão de caixas de comida só este ano e continua pesquisando e desenvolvendo novos formatos e soluções, como peliculas flexíveis e materiais rígidos para guardar alimentos.

44.01 propõe-se armazenar o dióxido de carbono nas rochas. A empresa de Omã desenvolveu uma alternativa às tecnologias habituais de enterrar o CO2 no subsolo, em poços de petróleo ou aquíferos abandonados. A mineralização apresentada pela 44.01 deposita o CO2 nas rochas, de uma forma segura e de longo prazo. O primeiro projeto da 44.01 irá mineralizar 1.000 toneladas de dióxido de carbono capturado localmente todos os anos até 2024.

“Desafiamos todos os que têm uma solução inspiradora a candidatarem-se para as nomeações com o selo da Casa do Impacto”

Candidaturas abertas para 2023

Enquanto “Official Nominator”, a Casa do Impacto integra um grupo restrito de organizações de todo o mundo, convidadas a enviar nomeações para as cinco categorias do prémio. O hub português foi convidado pela sua capacidade de identificar as soluções mais impactantes em todas as áreas e setores e por ser um espaço de convergência de inúmeras entidades públicas e privadas.

Assim até 20 de janeiro, a Casa do Impacto tem em aberto uma OPEN CALL para encontrar as melhores soluções a nomear para a próxima edição. “Procuramos indivíduos, comunidades, empresas e organizações cujas soluções inovadoras promovam o alcance dos cinco Earthshots – categorias formuladas de forma simples, mas ambiciosas que, se alcançadas até 2030, irão melhorar a vida de todos nós e assegurar um futuro sustentável para as próximas gerações.”, explica Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto.

 “Desafiamos todos os que têm uma solução inspiradora, inclusiva e impactante, a candidatarem-se na nossa call e a habilitarem-se a ser um dos selecionados para as nomeações com o selo da Casa do Impacto. Os projetos de impacto em Portugal estão a crescer e sentimos que contribuímos para este desenvolvimento do ecossistema”, diz Inês Sequeira.

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