12 tendências que vão marcar o futuro das cidades até 2030

Foto de Nerses Khachatryan no Unsplash

Estudo da Deloitte aponta as tendências para transformar as cidades no pós COVID-19. A pesquisa ouviu especialistas de todo o mundo, incluindo representantes do Banco Mundial, Nações Unidas, Comissão Europeia e Fórum Económico Mundial, para chegar às principais mudanças que vão marcar os espaços urbanos na próxima década, apontando para uma sociedade mais verde, digital e inclusiva.

Um novo estudo da Deloitte Global sobre transformação urbana, identifica 12 tendências que marcam o futuro das cidades no caminho para se tornarem sustentáveis, resilientes e prósperas num cenário pós-COVID. O trabalho de pesquisa foi liderado pela equipa da Deloitte Portugal especialista nos temas de cidades e governos locais.

O estudo “Urban Future with a Purpose: 12 tendências que marcam o futuro das cidades até 2030” identifica como as cidades podem utilizar essas tendências como guia para se reconstruirem, aproveitando a tecnologia e a inovação como ferramentas para o alcançar.

os centros urbanos vão contribuir para uma sociedade mais verde, digital e inclusiva.

A pesquisa foi realizada com recurso a 15 entrevistas a especialistas de diversas áreas, incluindo líderes de cidades em várias regiões do globo, líderes de organizações internacionais, instituições de políticas públicas, urbanistas e investigadores. De entre os Municípios Portugueses destaca-se a participação de Cascais e Porto.

Embora a pandemia tenha tido um severo impacto na vida urbana – desde o distanciamento social e períodos de confinamento até às economias locais – as cidades continuam bem posicionadas para responder à crise e definir as regras para restaurar comunidades vivas e humanizadas. O estudo defende que, através das suas infraestruturas e potencial de crescimento, aliadas ao seu capital humano, os centros urbanos poderão impulsionar a mudança necessária para criar uma sociedade do futuro mais verde, digital e inclusiva.

“Estas 12 tendências, fruto de um estudo pioneiro coordenado inteiramente pela equipa da Deloitte Portugal, definem o cenário para um futuro urbano resiliente e sustentável”, afirma Miguel Eiras Antunes, Líder Global de Smart Cities da Deloitte. “As conclusões deste estudo podem ajudar os governos a desenvolver as suas estratégias de transformação urbana, mas também a equilibrar as pressões de curto prazo com as necessidades de longo prazo”, acrescenta.

vista noturna de uma avenida entre prédios de uma cidade
Foto de Marc-Olivier Jodoin no Unsplash

A discussão com investigadores, decisores políticos, responsáveis de organizações internacionais, empresas tecnológicas e líderes de cidades permitiu chegar às 12 tendências que incluem:

#1 – Planeamento verde de espaços públicos. As cidades estão a ser planeadas e desenhadas para as pessoas, com ruas “verdes” e espaços públicos como centros de sociabilidade.

#2 – Cidades dos 15 minutos. Os urbanistas tendem a projetar bairros onde a maioria dos serviços se encontre a cerca de 15 minutos de distância a pé ou de bicicleta.

#3 – Serviços e planeamento inclusivos. Os governos locais procuram abordagens e serviços inclusivos, que garantam participação, acesso a habitação e igualdade de oportunidades a todos os cidadãos.

#4 – Comunidades de saúde inteligentes. As cidades estão a desenvolver ecossistemas de saúde que não se concentram apenas no diagnóstico e tratamento de doenças, mas também no apoio ao bem-estar através de intervenção e prevenção precoces.

#5 – Mobilidade: inteligente, sustentável e “as-a-service”. Com mais espaços para caminhadas e mais ciclovias, as cidades estão a trabalhar para oferecer mobilidade digital, limpa, inteligente, autónoma e intermodal.

#6 – Ecossistemas de inovação digital. As cidades atraem talento, estimulam a criatividade e o pensamento disruptivo, e desenvolvem-se beneficiando de ecossistemas de inovação.

#7 – Economia circular e produção local. As cidades estão a adotar modelos circulares baseados numa circulação saudável de recursos e nos princípios de partilha, reutilização e restauro.

#8 – Participação em massa. Centradas no cidadão e desenhadas por e para eles, as cidades promovem a participação em massa (de academia, empresas e associações) e de forma colaborativa.

#9 – Cibersegurança e consciência da privacidade. Para lidar com os crescentes riscos cibernéticos e questões de privacidade, as cidades estão a criar estratégias e políticas robustas de cibersegurança.

#10 – Edifícios e infraestrutura inteligentes e sustentáveis. Ao alavancar as tecnologias digitais, as cidades podem usar dados para otimizar o consumo de energia e o uso de recursos em edifícios e infraestruturas.

#11 – Inteligência artificial aplicada às operações da cidade. Utilizando a inteligência artificial, as infraestruturas tecnológicas podem apoiar as cidades na automação de operações, criando eficiências, resolvendo problemas e oferecendo melhores serviços.

#12 – Inteligência artificial aplicada à vigilância e policiamento preditivo. As cidades têm como objetivo tirar partido cuidadosamente da tecnologia para garantir a segurança pública, tendo em atenção o respeito pelas liberdades dos cidadãos.

As 12 tendências foram desenvolvidas com base em pesquisa da equipa Deloitte e em entrevistas realizadas com vários especialistas, nomeadamente: Yvonne Aki-Sawyerr, Presidente da Câmara de Freetown; Kirby Brady, Chief Innovation Officer da cidade de San Diego; Uwe Brandes, Diretor do Corpo Docente, Iniciativa de Cidades Globais da Universidade de Georgetown.

Também: Sandy Carter, Vice-Presidente da área de Parcerias e Programas do Setor Público Mundial da Amazon Web Services; Markus Elkatsha, Urbanista do MIT Media Lab; Kent Larson, Diretor do grupo City Science do MIT Media Lab; Jukka Mäkelä, Presidente da Câmara de Espoo, entre outros.

A Deloitte tem uma área de desenvolvimento orienta para a temática das Cidades Inteligentes e Transformação Urbana, com o objetivo de fornecer ideias atualizadas sobre como as cidades podem usar tecnologias digitais avançadas para abordar questões-chave como mobilidade, dados e sustentabilidade.

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