Pedro Sebastião: “As startups precisam de cargas fiscais mais suaves”

GERIR ON STAGE, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa (foto de RMM)

O presidente do Audax-ISCTE sugere “que a carga fiscal das startups devia ser mais suave”, uma vez que sem o investimento necessário para crescer, a maioria das empresas de inovação vai acabar estrangulada.

“Portugal é sem sombra de dúvida um País onde as pessoas têm o hábito de se ‘mandar para a frente’, e o nosso passado, a nossa história, é prova disso”, porém a carga fiscal é inibidora do crescimento das startups, defende Pedro Sebastião, presidente do Audax-ISCTE, à margem do evento GERIR ON STAGE, que decorreu esta sexta-feira no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.

No painel que debateu a Informação de Gestão para as Startups, as conclusões assentaram na necessidade de serem criadas condições, que embora em comparação com outros países até sejam favoráveis, promovam o crescimento de uma startup em Portugal.

Pedro Sebastião considera que Portugal é uma boa marca e um destino apetecível para receber novas empresas. A pandemia acabou por levar muitas pessoas a sentiram a necessidade de avançar com os seus projetos e tornarem-se empreendedores. Ao mesmo tempo, o país dotou-se de um conjunto de organizações que disponibilizam ferramentas que podem apoiar as novas ideias, tanto a nível de mentoria como de financeiro.

No mesmo evento, Frederico Nunes, presidente do Conselho de Administração da DNA Cascais, referiu que “é necessário apoiar os empresários, principalmente os mais pequenos”. Na sua intervenção Frederico Nunes defendeu que esse apoio deve ser alargado aos investimentos de pequenos empresários estrangeiros porque “não podemos deixar fugir este valor de Portugal, uma vez que os empresários vão gerar mais riqueza, mais postos de trabalho, mas quando chegam, não sabem como começar”.

Já Rui Ferreira, CEO da Portugal Ventures, destaca que “embora os empreendedores apontem o foco no negócio, é importante que, para além de estarem em conformidade com as regras, há que encontrar o equilíbrio numa gestão participada, muitas vezes proveniente de um sistema de informação prévia de alerta, que permita, com alguma antecedência, procurar fontes de investimento, principalmente ao contabilista”.

O evento GERIR ON STAGE apresentou ainda o novo software da Protótipo dedicado à gestão financeira e contabilidade das empresas. O DEFIR é o software para realizar o fecho de contas de qualquer empresa, com rapidez, segurança e fiabilidade.

Segundo José Miguel Rodrigues, CEO da Protótipo, “embora os empreendedores apontem o foco no negócio como importante, também é crucial perceber o valor de uma gestão ativa, muitas vezes facilitada por um sistema de informação assente no apoio do contabilista e que permita, com antecedência, ter dados relevantes para suportar a tomada de decisão.”

O GERIR ON STAGE foi o primeiro encontro presencial entre académicos, empreendedores e empresários que firmaram a promessa de mais edições e que podem assim trocar experiências em benefício do desenvolvimento das suas empresas.

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