Atualização de software é a nova “desculpa” para justificar atrasos em teletrabalho

Ilustração de Kaspersky Daily Blog.

Portugueses já fingiram ter o seu dispositivo de trabalho em atualização para não estarem presentes em reuniões. Segundo um estudo da Kaspersky, 12% dos dos colaboradores portugueses revelaram que já fingiram ter os seus dispositivos a instalar atualizações para não terem de comparecer numa determinada call ou reunião de trabalho.

Segundo o recente estudo da Kaspersky sobre as atitudes e hábitos dos colaboradores, as atualizações de dispositivos podem atrapalhar durante os períodos de trabalho. 38% dos trabalhadores portugueses que responderam ao inquérito confirmaram que se atrasaram para reuniões devido a upgrades de software que efetivamente ocorreram durante o seu período de trabalho e alguns consideram “uma excelente desculpa” para justificar um atraso.

Reuniões frequentes tendem a ser vistas como uma das coisas mais desagradáveis na rotina de escritório. A transição para o trabalho remoto e reuniões virtuais não ajudou a resolver o problema, uma vez que as pessoas revelaram algum cansaço em relação a videochamadas, assim como maior desgaste no final de um dia de trabalho. O recente estudo da Kaspersky demonstra que alguns colaboradores procuraram, inclusive, “uma desculpa” para não estarem presentes em algumas calls, fingindo que o dispositivo de trabalho estava “em atualização”.

Esta justificação pode ser bem aceite pelas várias equipas da empresa, uma vez que a atualização de dispositivos é algo faz parte do dia-a-dia de trabalho. Além de falharem compromissos, 30% dos colaboradores portugueses revelaram também ter perdido dados ou partes do seu trabalho que não estavam guardadas, quando o computador ou portátil foi reiniciado após a instalação de atualizações.

Tempo despendido numa atualização de software, segundo os inquiridos, em percentagem de respostas (fonte e grafismo: Kaspersky).

Por outro lado, alguns colaboradores veem este tempo de inatividade do dispositivo como uma oportunidade para ”relaxar”, com 19% dos inquiridos em Portugal a admitir que instalaram propositadamente atualizações para gastar tempo de trabalho. No entanto, a maioria dos colaboradores não gosta quando o seu trabalho é interrompido, visto que 70% portugueses afirmaram desejar que as atualizações aconteçam fora do horário de trabalho, de forma a manterem a sua produtividade.

Apesar de as atualizações serem, normalmente, realizadas durante o horário de trabalho em modo silencioso e não afetarem o fluxo de trabalho, para que a atualização se torne efetiva, é necessário reiniciar o sistema. Contudo, existindo assuntos ou temas que não podem ser adiados, o utilizador tem a possibilidade de agendar o reinício do dispositivo. Porém, existem pessoas que não veem as notificações ou que não querem realizar as atualizações necessárias. Desta forma, existe o risco de a reinicialização ocorrer no momento menos desejado.

Para tornar as atualizações convenientes para colaboradores e administradores de IT, a Kaspersky recomenda agendar as atualizações para o final do dia de trabalho. Nesta altura, a atividade dos colaboradores normalmente já é menor e os dispositivos ainda estão ligados e podem efetuar as atualizações necessárias; Se possível, utilizar wake-on-LAN. Esta tecnologia permite que as plataformas de trabalho sejam ligadas através da rede, para que as atualizações possam ser realizadas fora do horário de trabalho. Também é conveniente ativar a função AutoSave, disponível em alguns softwares de trabalho, que permite guardar automaticamente todas as alterações.

Este estudo foi realizado para a Kaspersky pela Savanta que inquiriu online 15.000 utilizadores. A amostra incluiu 1.000 entrevistados no Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Espanha; e 500 em EUA, Holanda, Áustria, Portugal, Roménia, Emirados Árabes Unidos, Turquia, África do Sul, China, Índia, Austrália, Brasil, México, Argentina, Colômbia, Chile, Peru e Rússia. Todos os entrevistados utilizavam computador, smartphone e/ou tablet na sua vida pessoal ou profissional, e 76% dos entrevistados estavam empregados no momento da entrevista.

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