É mesmo necessário ter um plano estratégico?

Foto de Daria Nepriakhina no Unsplash

Ao iniciar qualquer negócio, é essencial que se crie primeiro uma boa estratégia, com objetivos claros e táticas que nos permitam atingi-los da melhor forma possível. Sem um plano que direcione o negócio, podem não ser tomadas as decisões mais acertadas e o potencial do negócio acaba por não ser atingido.

Rita Maria Nunes, Country Manager da The Alternative Board (TAB), em Portugal, partilha aos leitores do Empreendedor, alguns passos para facilitar a construção de um plano estratégico, ferramenta vital para qualquer empresa. “São planos que, apesar de estarem lá para ajudar, devem ter alguma complexidade, pois quanto mais completos forem, mais bem preparado se está”, sublinha.

Começar a desenvolver um plano estratégico pode ser um processo complexo, por isso Rita Maria Nunes destaca alguns pontos-chave que devem estar sempre presentes num bom plano de negócio, para facilitar o processo de desenvolvimento desta ferramenta. “O mais difícil é começar, e é possível que se sinta um pouco perdido, mas se seguir os passos certos, o plano estratégico deixa de ser um bicho-de-sete-cabeças.”

A TAB é uma organização global de consultoria e coaching que já ajudou mais de 25 mil empresários em todo o mundo e Rita Maria Nunes, melhor que ninguém, sabe o quão valioso um plano estratégico é para o sucesso de uma empresa. Nesse sentido tome nota de quatro pontos essenciais.

Missão, visão e valores

Qualquer pessoa que tenha posto os olhos num livro de gestão, marketing ou qualquer outra área relacionada com o mundo dos negócios, tem estas três palavras bem guardadas na mente. É das primeiras coisas que se aprende, e o porquê de ser assim é muito claro: uma empresa tem de ter identidade.

“São apenas três palavras que revelam logo a essência da marca, descrevem quem é esta empresa e o que ela pretende ser no futuro. Pode parecer básico, mas sem esta identidade é impossível criar um plano de negócios eficaz”.

Foto de UX Indonésia no Unsplash

Objetivos

O famoso acrónimo, SMART, do inglês specific, measurable, attainable, realistic e time-bound (ou específicos, mensuráveis, alcançáveis, realistas e temporais, na tradução portuguesa), deve estar sempre na mente de todos os empresários. “Certifique-se que os seus objetivos fazem sentido para si, tendo em conta as suas capacidades”.

Análises

Esta fase pode ser considerada um pouco mais aborrecida para quem gosta mais de ação, mas é tão importante como todas as outras: Conhecer o mercado que rodeia a empresa e qual o papel que esta tem nesse mercado deve ser alvo de uma avaliação rigorosa.

“É aqui que entra a famosa SWOT, uma ferramenta excelente para sistematizar os conhecimentos, para se criar uma abordagem mais eficaz.”

Vantagem competitiva

Um conceito também muito utilizado no mundo dos negócios é a “vantagem competitiva”. De forma muito resumida, e sem complicar muito, é aquele ponto-chave que distingue uma empresa dos seus concorrentes. “Pode ser o preço, um elemento no produto, ou até mesmo uma comunicação fora da caixa, o que importa é que é o fator que leva os consumidores a escolherem os produtos ou serviços de uma marca.”

A partir destes quatro pontos, elencados por Rita Maria Nunes, é possível ter uma noção do melhor caminho para cada empresa e, assim, basta apenas criar um conjunto de passos e táticas para seguir este caminho, que já depende muito da situação de cada negócio.

Em suma, e para responder à pergunta colocada no título deste artigo, um plano estratégico é a ferramenta mais importante para o sucesso de qualquer negócio. Sem ele, o empresário não sabe muito bem onde focar os seus esforços, nem para onde deve levar a empresa. “Uma estratégia bem definida é a base por onde qualquer empreendedor se deve guiar para tomar as suas decisões e a chave para o sucesso”, conclui Rita Maria Nunes.

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