Espanha procura profissionais qualificados

Foto de Karan Bhatia no Unsplash

Espanha tem 300.000 vagas de empregos técnico-profissionais em empresas dos setores Tecnológico, Construção, Hotelaria, Logística e Transporte, que não conseguem ser preenchidas por falta de qualificação.

A crise pandémica e a sua recuperação desequilibraram o mercado laboral espanhol, no momento em que se encara uma nova etapa de transformações iminentes e profundas.

A falta de candidatos para as muitas vagas por preencher deve-se não só à falta de qualificação técnica da mão-de-obra disponível, mas também às baixas condições oferecidas por muitas dos postos face a outras alternativas do mercado.

Embora o país conte com três milhões de desempregados, a existência de 300 mil vagas profissionais por preencher resulta de um problema de comunicação e de sensibilização da força laboral para as oportunidades existentes.

Espanha é o segundo país da União Europeia com a maior taxa de desemprego jovem, todavia a falta de qualificação complica o processo de recuperação já que aparenta não existir um número suficiente de quadros técnico-profissionais para as necessidades do processo de reindustrialização que o país está a atravessar.

Os centros de dados que estão a ser projetados, as redes de 5G e os projetos de realidade aumentada, cibersegurança, desenvolvimentos na cloud, Inteligência Artificial, entre outros, vão gerar em breve 100 mil empregos no setor das telecomunicações em Espanha, mas receia-se que alguns desses projetos acabem por ser deslocalizados precisamente por falta de recursos humanos qualificados.  

Ainda assim, a falta de mão-de-obra nãos e restringe apenas ao setor das tecnologias. Faltam também profissionais nas áreas de Construção, Hotelaria e Transporte.

No setor da construção as empresas espanholas estão numa fase de renovação dos seus quadros-técnicos. Depois da crise da construção, na última década, o setor ficou envelhecido, agora com a retoma da atividade faltam Pedreiros, Técnicos de Cofragens, Encarregados Gerais, Gruístas, entre outros profissionais especializados.

Nos Transportes faltam 16.000 Condutores enquanto na indústria são procurados Fresadores, Torneiros mecânicos e Soldadores. Na Hotelaria as ofertas de trabalho incidem em Cozinheiros, Escansões/ “Sommeliers” ou Empregados de Mesa.

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