Internet das Coisas: afinal o que é?

Quase meio século mais tarde, a Internet está inserida nas mais diversas atividades do nosso quotidiano, e muitas vezes, nem mesmo nos apercebemos se estamos ou não a utilizá-la. Simplesmente usufruímos de suas facetas para facilitar as nossas vidas e atender nossas demandas.

Em meio a toda modernidade em que nos encontramos submersos, um novo discurso praticado pelas gigantes de tecnologia promete revolucionar a Internet da maneira como a conhecemos: eis que surge a ‘Internet das Coisas‘ (IoT; Internet of Things).

Em síntese, a Internet das Coisas, é a fase em que o uso da Internet se torna 100% orgânico. Nesta altura, já não é necessário possuir conhecimento ou habilidades específicas para manusear determinado device ou operar um determinado sistema,simplesmente, utiliza-se o device da maneira como intui-se que deva ser utilizado, e ao final, voilà: obtém-se exatamente o resultado esperado pelo utilizador.

Os dispositivos usados no dia-a-dia, que antes pareciam inanimados, e que apenas interagiam connosco por nossa iniciativa, passam a interagir com as pessoas, e ainda, entre si, de maneira activa.

Munidos de sensores, pequenos hardwares, e atrelados a softwares de inteligência, todos os objetos poderão gerar informações e conteúdos úteis às sociedades.

Além da infinidade de utilizações por trás do conceito da IoT, os números projectados para este mercado também impressionam. Apontada como a ‘próxima onda da tecnologia‘ pelo CEO da Cisco, John Chambers, afirma, que o movimento da IoT será 10 vezes mais impactante que o surgimento da própria Internet. Ainda segundo Chambers, até 2020 assistiremos a 50 mil milhões de aparelhos conectados à Internet e com autonomia para ‘conversarem’ entre si, além de cifras da ordem de 19 trilhões de dólares em negócios relacionados a esta tecnologia.

Se gigantes do mundo da tecnologia, como Cisco e Intel, estão atentas a esta tendência, empresas de menor dimensão, mas com projectos inovadores e arrojados se antecipam ao vislumbrar neste mercado uma grade oportunidade.nUm dispositivo criado pela Apple, e anunciado no verão de 2013, batizado por iBeacon, vem tornando a IoT realidade, ao passo que atribui inteligência ‘às coisas’.

Os iBeacons, ou Beacons, como costumam ser chamados, utilizam-se do novo bluetooth contido nos telemóveis, o 4.0, também conhecido como BLE (bluetooth low energy), para enviar conteúdos de interesse dos usuários, sem que seja necessária iniciativa do utilizador.

Um bom exemplo da utilização de iBeacons, é a App TagPoint. Actualmente, a maior plataforma de iBeacons do mundo em número de usuários, já conta com mais de 100 mil utilizadores. Espalhada por mais de 70 países, estima alcançar 1 milhão de adeptos ainda no primeiro semestre de 2016.nCom a aplicação TagPoint descarregada em seu telemóvel, o usuário recebe os mais diversos conteúdos e informações veiculadas pelos iBeacons instalados no percurso por onde passa.

Um exemplo simples ilustra seu funcionamento: ao passar próximo a um determinado restaurante, o consumidor pode receber em seu telemóvel, a ementa do estabelecimento,ou ainda, passar de carro à porta de uma determinada loja de roupas e receber em seu telemóvel as ofertas em vigor naquele momento, sem que seja necessário deslocar-se ao interior da loja.

Em ambos os casos mencionados a IoT possibilita ao usuário economia de tempo, ou ainda, conhecer oportunidades que não chegariam a ele a menos que estivesse efectivamente à procura.

As utilidades da Internet das coisas vão além da imaginação do empresariado, e prometem tornar a vida das pessoas mais fácil através da utilização orgânica da tecnologia.

Você provavelmente já é alcançado por este movimento, e se ainda não é, muito em breve perceberá que aos poucos ele já faz parte de nossas vidas.

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Graduado em Economia, especialista em Advanced Project Management. Após 7 anos actuando exclusivamente na área financeira, há 4 anos decidiu enfrentar o desafio de empreender em paralelo às suas atividades em empresas multinacionais, e descobriu que este novo desafio deve ser vivido por inteiro. Entusiasta de novas tecnologias e de propor soluções que façam a vida das pessoas mais simples e produtiva.

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