António Loureiro: “A globalização das remunerações dificulta a retenção de talento em Tecnologia”

Na foto: António Loureiro, CEO e fundador da Conquest One

A Conquest One é uma empresa brasileira especializada em recrutamento e outsourcing de profissionais de TI, Liderada por António Loureiro, CEO e fundador, a empresa escolheu Portugal como ponto de partida para sua expansão na Europa.

Com uma larga experiência no mercado, António Loureiro teve a oportunidade de trabalhar em grandes empresas, como a Bayer e a Alcoa e em 1997 fundou, no Brasil, a Conquest One. Nos últimos seis anos, a sua empresa foi reconhecida como uma das melhores empresas para trabalhar pela GPTW (Brasil).

Agora, a Conquest One completa dois anos de operação em Portugal, recebendo reconhecimento de algumas das principais empresas europeias e tem por meta contribuir para o desenvolvimento do setor de TI. A área tecnológica tem registado um forte crescimento em Portugal e a procura de talento qualificado aumentou significativamente. No entanto, explica António Loureiro, a falta de profissionais disponíveis no mercado tem sido um desafio para as empresas.

“Nestes dois anos, sentimos que apesar do grande número de vagas para profissionais de TI em Portugal, a possibilidade de trabalhar à distância e a globalização da remuneração alcançada pelos mesmos, tornou a retenção dos talentos um grande desafio. Esta situação necessita ser revisitada, principalmente pelas empresas residentes no país, que quando não reveem as suas estratégias de remuneração, sofrem com a ausência deixada pelos talentos que partem à procura de melhores ofertas.”

Foto de Freepik

Esse desafio não é exclusivo do mercado português, também no Brasil as empresas são confrontadas com a escassez de talentos qualificados em áreas como tecnologia e engenharia. “Pessoalmente, acredito que as universidades deveriam ser mais ágeis na adequação de seus currículos para formação de profissionais mais aderentes as novas tecnologias emergentes, pois estas tornariam muito mais fácil a sua empregabilidade”, destaca o CEO da Conquest One.

“Ambos os países têm uma forte tradição empreendedora. Na minha opinião, esta é também uma característica que deve ser incentivada e inerente a todo o profissional que pretenda lidar com áreas de inovação em qualquer que seja a indústria que decida atuar”, sublinha.

as universidades deveriam ser mais ágeis na adequação de seus currículos

Tecnologia para apoiar o recrutamento

Para dar resposta às necessidades e expectativas das empresas e dos candidatos a Conquest One desenvolveu a plataforma TalentSearch. Nessa plataforma, as empresas podem pesquisar e selecionar profissionais adequados às suas vagas, levando em consideração também o perfil que corresponde às necessidades específicas da empresa.

“Apesar da tecnologia ser importante, no final, ainda cabe ao talento profissional de quem recruta, escolher o melhor candidato. No entanto, ferramentas como a inteligência artificial (IA) podem auxiliar em vários critérios de avaliação, melhorando a assertividade, agilizando o recrutamento e aumentando a sua escala”, diz António Loureiro. “Atualmente, investimos no uso de ferramentas e incorporação de algoritmos de IA na TalentSearch, incluindo a integração de plataformas como o LinkedIn e o ChatGPT.”

Foto de Pressfoto no Freepik

Questões de diversidade e inclusão são também preocupação da empresa no processo de recrutamento, “Estamos comprometidos em produzir um relatório ESG abrangente para o mercado, que irá incluir indicadores e compromissos públicos relacionados com a inclusão, diversidade e bem-estar no local de trabalho” adianta.

“A gestão do bem-estar dos nossos colaboradores e o respeito pela diversidade são preocupações que fazem parte do nosso dia-a-dia há muitos anos. É com, base nesta metodologia, que formamos os nossos recrutadores e fazemos a gestão do nosso portfolio de projetos e talentos.”

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