Inês Odila: “Trabalhadores Presenciais Estão Insatisfeitos com Modelos de Trabalho”

Inês Odila, Country Manager da Coverflex
Na foto: Inês Odila, Country Manager da Coverflex

O mais recente estudo “O Estado da Compensação 2023-24” realizado pela Coverflex destaca que mais de metade dos trabalhadores presenciais em Portugal (56,5%) expressa insatisfação com o seu modelo de trabalho, em comparação com 28,7% dos trabalhadores em regime híbrido e 11,9% em teletrabalho. O inquérito, que visa proporcionar um retrato atual do mercado de trabalho português, revela que são as mulheres as mais insatisfeitas com o trabalho presencial, com apenas 37% delas a afirmar sentir-se contentes com esse modelo de trabalho, em comparação com 50% dos homens.

Quanto aos horários de trabalho, apenas 46% dos trabalhadores presenciais consideram os seus horários muito flexíveis ou flexíveis, em contraste com 84% dos trabalhadores em teletrabalho e 80% em regime híbrido. O estudo aponta ainda que 65% dos portugueses não estão satisfeitos com a sua compensação salarial, e 67,3% das pessoas em trabalho remoto ou híbrido não têm acesso a qualquer remote budget.

Insatisfação Salarial por Setores

No âmbito da compensação salarial, o setor da Comunicação, Marketing e Publicidade destaca-se pela insatisfação, com apenas 22% dos colaboradores a responderem positivamente. Em contrapartida, os profissionais de Tecnologias de Informação são os mais satisfeitos, com 42,5% a considerarem justa a sua compensação salarial.

O estudo revela que o gender gap permanece significativo, com 45% dos inquiridos a indicarem que o número de homens representa mais de metade dos colaboradores nas suas empresas. Além disso, 61% afirmam que o género masculino predomina nas equipas de liderança.

Nível de satisfação com o modelo de trabalho (Estudo “O Estado da Compensação 2023-24” da Coverflex)

Inês Odila, Country Manager da Coverflex, destaca a correlação entre a flexibilidade no trabalho e a satisfação. Odila enfatiza a necessidade de as empresas adotarem modelos mais flexíveis para atrair e manter os melhores profissionais.

“Em parte, esta tendência vem da entrada de novas gerações no mercado de trabalho, trazendo consigo novas formas de pensar o trabalho e a sua compensação. Ainda assim, é um sentimento que atravessa todas as gerações. As empresas que quiserem atrair e manter os melhores profissionais vão ter de adotar modelos mais atuais e relevantes, ou seja, mais flexíveis”, salienta.

Este estudo contou a participação 2.247 colaboradores de empresas, representando um crescimento de 56% em relação ao número de entrevistados no estudo de 2022. Inês Odila, destaca a relevância dos resultados para as empresas, proporcionando-lhes a oportunidade de ouvir e adaptar-se às necessidades dos colaboradores.

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