Investigadores portugueses criam modelos simplificados de ventiladores

Projeto da FCT NOVA e da NOVA Medical School conclui testes em seres vivos com sucesso

Foto de Mufid Majnun no Unsplash

A necessidade de dotar as unidades de cuidados intensivos com mais ventiladores para doentes com COVID-19, levou uma equipa de investigadores portugueses a criar modelos minimalistas destes equipamentos médicos, produzidos com materiais comuns e recorrendo à impressão 3D, tendo por meta um custo de produção inferior a 1000 euros.

MiniVent – Ventilador Minimalista para a COVID-19 é o nome do projeto de investigação clínica que junta cientistas da FCT NOVA – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa e da NOVA Medical School da Universidade NOVA de Lisboa (NMS).

A equipa de investigação responsável pelo projeto acredita que estes ventiladores poderão vir a fazer grande diferença em sistemas de saúde de países onde não existam estes equipamentos, independentemente da evolução da pandemia.

“Temos como objetivo explorar, no futuro, formas de capacitar equipas locais de países com necessidades deste tipo de equipamentos para que possam montar os seus próprios ventiladores, pois estes são verdadeiramente simples de fazer e de usar, são fiáveis e têm um custo relativamente baixo”, afirma Luís Gil, Professor da FCT NOVA.

Para Pedro Póvoa, da NMS, “este projeto vem colmatar duas potenciais necessidades: na eventualidade de se esgotarem os ventiladores convencionais, ter um equipamento alternativo; por outro lado, ter uma solução simples, segura e barata para países onde o acesso a ventiladores é frequentemente inexistente”.

Os ventiladores passaram, com sucesso, a fase de testes em seres vivos e estão agora mais próximos de vir a ser certificados pelo Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.

O projeto tem vindo a ser desenvolvido, desde março deste ano, por uma equipa multidisciplinar, composta por investigadores da FCT NOVA e da NOVA Medical School, no âmbito do programa RESEARCH 4 COVID19, e, mais recentemente, financiados pela Agência Nacional de Inovação.

O projeto conta com a parceria da Universidade de Coimbra, através do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas e do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde.

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