Gestão de talento nas organizações

Gestão de talento nas organizações
Foto: Pixabay

Gerir talento nas empresas é uma arte. É preciso ter experiência e é preciso conhecer os desejos, anseios e preocupações das gerações a gerir. É esse o objetivo deste artigo de Paulo Veiga, onde propõe algumas dicas para ajudar os gestores a gerirem o talento das suas equipas, de forma eficaz.

Para gerir talento é preciso ter talento

Uma geração é a linhagem, ascendência, genealogia, ou qualquer fase necessária para manter a sobrevivência de uma espécie. Considera-se como período de tempo de cada geração cerca de 25 anos. Assim sendo, desde o século passado, estão identificadas e, de forma geral, aceites as seguintes gerações: Veteranos, Boomers, Geração X, Geração Y, Geração Z e Geração Alpha. Todas elas nascidas em contextos socioeconómicos perfeitamente distintos e como tal com expectativas, desafios e objetivos necessariamente diferentes.

Os veteranos correspondem à geração nascida entre período de 1922 e 1943. Também conhecidos como maduros ou tradicionais. Entre os seus valores poderemos destacar família, lealdade e moralidade, liderança autoritária, estilo conservador, pensamento lógico e comprometimento.

Os Boomers são os indivíduos nascidos entre 1943 e 1960. Também denominados como Baby-Boomers. De entre as suas principais características temos a vaidade, a valorização do status e ascensão profissional, são workaholics, condicionados ao trabalho em equipa e destacaram-se pela luta dos Direitos Civis.

A geração X corresponde às pessoas nascidas entre 1960 e 1980. Também conhecidos pela Geração Coca-Cola. Demonstram mais flexibilidade, facilidade com a tecnologia, aversão à autoridade, são autoconfiantes, mas cépticos. Coincidiu com a entrada maciça das mulheres no mercado de trabalho.

Geração Y corresponde aos jovens que nasceram entre 1980 e 1995. Também conhecida como geração Next ou Net, ou também chamada geração do Milénio. De entre as suas características temos, o otimismo, aceitação da diversidade, domínio das tecnologias e são multifuncionais.

Geração Z corresponde aos jovens nascidos a partir de 1996. Também conhecida como geração Digital. São os primeiros ligados à alta tecnologia, estabelecem relações totalmente virtuais, têm problemas de interação social e ainda assim acreditam num mundo de igualdade.

Sobre a geração Alpha pouco posso dizer. São os nascidos a partir de 2010. Estes jovens serão caracterizados pela elevada instrução, educação e preocupação ambiental. A geração Alpha é composta por crianças que desde muito pequenas estão inseridas num quotidiano rodeado pela tecnologia. Em pleno desenvolvimento, é precoce afirmar o que pensam, mas a tendência indica que sejam muito mais independentes que suas antecessoras e com habilidade de adaptação a novas tecnologias. De qualquer forma estão, por ora, fora do mercado de trabalho.

Vejam como tudo se complica, nas relações profissionais, a geração X, valoriza o desenvolvimento de habilidades, mantendo-se sempre atualizados. São rápidos, espertos e até quebram regras para cumprir os desafios, adoram trabalhar em equipa. A geração Y não tem muita paciência. Estão habituados a um mundo com mobilidade, instantaneidade, simultaneidade e velocidade. O que é que isso significa? A regra para eles é: tudo agora, já, ao mesmo tempo!

Os membros da Geração Z nunca conheceram a vida sem computadores pessoais, telemóveis, leitores de música e Internet. Eles são verdadeiros “nativos digitais”, confortável, com aplicações de email, mensagens de texto e de computador. Também são capazes de entender e praticar tecnologia de forma mais rápida em relação às demais gerações. Os membros da Geração Z são muito colaborativos e criativos. Estão a chegar ao mercado de trabalho e vão mudar o ambiente de forma dramática em termos de estilo e expectativas das teorias da gestão.

Finalmente, hoje as gerações ainda se adaptam, não podemos afirmar que elas são “fechadas” por serem de outra época. O ser humano está sempre em pleno desenvolvimento e a diversidade das gerações é enorme.

É importante conhecê-los, saber qual é sua amplitude e como estamos preparados para trabalhar com eles, respeitar as diferenças, a diversidade no trabalho, garantir igualdade de tratamento de forma a manter os melhores quadros.

“O que sabemos é uma gota. O que ignoramos é um oceano.”
(Isaac Newton)

Naturalmente, em termos empresariais há diferentes estilos e formas para se comunicar com cada um deles. Como tirar o melhor de todos nas nossas empresas?

Eis algumas sugestões: Em primeiro lugar, usar a criatividade. Para isso é essencial conhecer todo este enquadramento geracional garantindo que o relacionamento pode ser feito com muito mais assertividade. É igualmente essencial dialogar. Dialogar cria um bom relacionamento. É preciso interagir: responder, dar dicas.

Não existe um mapa do tesouro, isso é verdade, mas pensem como poderiam transmitir uma informação a cada uma das gerações? Como seria? Pensem assim, para os veteranos escrevemos, para os boomers ligamos, para a geração X enviamos e-mails e para a geração Y enviamos mensagens. Simples não é?

(Paulo Veiga, Geração X)

 

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